Alopecia é uma doença que se caracteriza pela diminuição ou ausência de cabelos e/ou pelos. As alopecias podem ser classificadas como não cicatriciais, quando ocorre queda acelerada dos fios e/ou involução dos folículos pilosos. Existe ainda outro grupo de alopecias, as chamadas cicatriciais, em que a evolução final é a perda total dos fios, sem recuperação, com cicatriz e fibrose.
Compreendem o grupo de alopecias não cicatriciais: alopecia areata, eflúvio telógeno e alopecia androgenética.
Hoje o nosso tema será sobre a alopecia areata. Nos próximos posts discutiremos as outras alopecias.
A alopecia areata é uma doença autoimune, tem uma predisposição genética e pode estar associada com outras patologias autoimunes como o vitiligo e alterações na tireoide. Na maioria das vezes aparece antes dos 40 anos de idade, mas também pode acometer crianças. Caracteriza-se por perda repentina e completa de pelos em uma ou mais áreas do couro cabeludo, podendo afetar também outras regiões (supercílio, cílios, barba, púbis etc.), sem sinais inflamatórios e de atrofia de pele, originando placas sem pelos de pele lisa, geralmente circulares, de tamanhos variados. Este é o tipo mais comum. Quando a perda dos pelos ocorre em todo o couro cabeludo é chamada de total, e quando atinge todos os pelos do corpo chama-se alopecia areata universal. Ao redor das lesões em atividade, os pelos podem ser facilmente destacados e apresentam a extremidade distal mais espessa do que a proximal, assemelhando-se a um ponto de exclamação (cabelos peládicos).
Alterações nas unhas podem estar presentes em 10% a 60% dos casos, sendo que as mais comumente observadas são as depressões puntiformes (pitting).
O diagnóstico é clínico, entretanto o uso do dermatoscópio, que é um aparelho com uma lente de aumento, pode ser complementar. A biópsia também pode ser realizada em alguns casos se o médico achar necessário.
Tratamento
O curso clínico da alopecia areata é variável, existem casos de evolução com total crescimento dos fios e um único episódio durante a vida, até casos recorrentes com difícil resposta ao tratamento. Deste modo, a conduta terapêutica deve ser individualizada, considerando-se a faixa etária e a extensão da doença. As diferentes modalidades de tratamento são importantes no controle da doença, porém não são capazes de curá-la. O tratamento pode ser tópico, intralesional ou sistêmico.
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